sábado, 16 de abril de 2011

Pânico 4 (Scream 4, 2011)


Pânico foi uma homenagem ao gênero de terror. Mas foi uma homenagem tão bem feita que ganhou seu próprio espaço e inspirou franquias como Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado e Lenda Urbana. Porém, a fórmula que era um sucesso nos anos 90, já estava batida nos anos 2000, quando foi lançado Pânico 3. Se o terceiro filme já estava por demais desgastado, como o quarto cumpriria bem seu papel em tempos de filmes como Atividade Paranormal e Jogos Mortais?

Wes Craven (direção) e Kevin Williamson (roteiro) sabiam que teriam que se adaptar à era dos blogs, twitter e streaming. Decidiram então, que esta seria a única mudança relevante e que fariam todo o resto de novo, só que melhor. Isso mesmo, o filme não se reinventou. Até parece um remake, usando os mesmos personagens principais [SPOILER!] e refazendo a clássica cena em que Casey Becker (Drew Barrymore) tenta salvar o namorado amarrado em uma cadeira durante um jogo de perguntas e respostas [FIM DO SPOILER].

Sidney Prescott sobreviveu aos três primeiros filmes para contar a história, e contou. Em Pânico 4 a personagem interpretada por Neve Campbell é autora do livro de auto-ajuda Out of Darkness e volta para sua casa em Woodsboro para promover o livro. O retorno acaba trazendo de volta o assassino Ghostface, colocando Sidney, Dewey e Gale em perigo novamente. Além do trio principal, o quarto filme traz ainda personagens fresquinhos, incluindo Jill (Emma Roberts), a prima de Sidney que é o novo alvo do assassino.

Jill é o elo que liga a atual à geração clássica. A dupla de cinéfilos lembra muito os amigos de Sidney no primeiro filme o que exclui qualquer ligação com o terceiro episódio da franquia. Outro detalhe interessante são as mortes iniciais. Pânico 2 trouxe um casal sendo assassinado no cinema, durante a exibição do filme Stab (o filme dentro do filme). Em Pânico 4 temos várias sequências de mortes dentro do Stab até chegar nas vítimas do novo e real assassino. Nem lembra a terceira parte, ruim do início ao fim. 

Se em algum momento Pânico quis se levar a sério, agora não quer mais. As novas regras tão faladas durante a promoção e até mesmo dentro do filme só existem na teoria. O filme satiriza a si próprio, mas assusta muito mais do que os antecessores. Talvez seja isso. Talvez a saga não precise se reinventar. A nova trilogia é apenas a desculpa de Wes e Kevin para refazer uma franquia tão amada consertando os erros cometidos há dez anos e mostrar que Pânico sobreviveu aos remakes e reboots e está mais consistente que os anteriores. 

2 comentários:

Diego disse...

Filme excelente. Diverti-me demais e Sidney, claro, está em sua melhor forma. Que venha o quinto!

Dilzim disse...

acho que hoje em dia os filmes de terror se perderam no tempo... Não há filmes de terror bons como os de antigamente e Pânico 4 veio pra lembrar como eles eram bons.
essa é minha opnião.